Na última reunião da Câmara Municipal de Anhembi, realizada no dia 06 de fevereiro, vereadores, representantes da Sabesp e moradores discutiram os recorrentes problemas de esgoto que afetam diversas residências da cidade, especialmente em períodos de chuvas intensas. O encontro contou com a presença de Ismael Júnior, representante da Sabesp, e Ângela Cristina da Silva, da Vigilância Sanitária.
Durante a reunião, moradores da Rua 7 de Setembro relataram que sofrem constantemente com o retorno de esgoto para dentro de suas casas sempre que chove. Além disso, caixas de inspeção e bueiros transbordam, agravando a situação sanitária e ambiental.
A Sabesp alegou que a rede de esgoto do município está 100% funcional, mas não possui capacidade para absorver o grande volume de água da chuva que está sendo despejada irregularmente na rede. A empresa também destacou que detritos e objetos descartados de forma inadequada comprometem a vazão e podem causar entupimentos.
Diante da situação, os moradores sugeriram que todas as residências do município passem por inspeção para identificar despejos irregulares e aplicar multas aos responsáveis. Outra demanda apresentada foi a substituição dos canos atuais por tubulações de maior diâmetro, além da instalação de mais bombas para suportar o volume de água nos períodos chuvosos.
O vereador Marquinhos Batista enfatizou que o problema persiste há anos e precisa de solução urgente. A representante da Vigilância Sanitária, Ângela Cristina da Silva, afirmou que a questão já foi levada a diversas gestões municipais anteriores, mas nunca recebeu a devida atenção.
A Sabesp ressaltou que não tem poder de polícia para fiscalizar e punir os responsáveis por despejar água pluvial no esgoto, uma vez que não existe legislação municipal sobre o tema. O vereador Daniel Zago sugeriu que seja realizada uma campanha de conscientização entre a Sabesp, o Executivo e o Legislativo para orientar a população sobre a correta destinação das águas pluviais.
Ao final da reunião, Sabesp e Vigilância Sanitária aceitaram a proposta e definiram um prazo de até 90 dias para avaliar o andamento das soluções discutidas. A Sabesp também se comprometeu a instalar dispositivos que impeçam o retorno do esgoto nas residências mais afetadas da Rua 7 de Setembro.
Com a mobilização de autoridades e moradores, a expectativa é que medidas concretas sejam tomadas para resolver o problema e garantir melhores condições sanitárias para a população de Anhembi.